Viva o S. Pedro e o seu belo Fogo de Artifício

Este ano, e como é tradição desde que me conheço por gente, fui assistir ao fogo do S. Pedro!

Ora do lado de cá, ora em Gaia, certo é que só no ano passado é que falhei! (Meu Deus, que belo programa cultural o meu!)

Combinamos com amigos jantar a tão prometida Francesinha (porque sardinhas... não é comigo), jogar uma matrecada, comer a bela da fartura e ver o bendito fogo.

Correu tudo muito bem, a Francesinha estava boa, a conversa também... encontramos um sítio porreiro para ver o fogo... Estivemos 1 hora à conversa, enquanto esperávamos pela típica hora dos fogos de artifício (0:00). Até que finalmente chegou o tão esperado momento!

Pum! Prás! Pum!

- AAAAHHHH!

- Que bonito! (comentava a minha amiga abraçada ao namorado! Que romântico!)

Pum! Pum! Prás! Prás!

- Brrrrr!

- Que fogo tão pobrezinho! (dizia eu, olhando de lado para o meu parceiro agarrado à máquina fotográfica com ânsia e captar todos os efeitos luminosos que marcavam o céu!)

Vim para casa a pensar... Quando estamos juntinhos, abraçadinhos, com as carinhas encostadinhas ao nosso amor, tudo fica "Tão Bonito!", até ver meia dúzia de luzihas no ar a estoirar se torna no programa mais romântico para uma noite fria (ok! mais ou menos fria) de sábado à noite!

Ai! Adoro ver fogos de artifício... de preferência sem máquinas fotográficas!

Assim vale a pena! :)

Hoje recebi a seguinte mensagem:

"Professora, escrevi esta mensagem para agradecer tudo o que fez pela nossa turma. Confesso que no início achei difícil alguém substituir a professora ********, mas conseguiu superar todas as minhas expectativas! Escusado será dizer que todos gostamos muito de si, e teremos muita pena que não seja nossa professora no próximo ano... Foi óptimo ter aulas consigo especialmente porque é uma excelente profissional! Um grande abraço e um sincero obrigado pelo ano que nos proporcionou.

******* 11ºH"

Desculpem-me a vaidade, mas é isto que me faz sentir realizada!

Nos últimos meses negligenciei a família, dedicando todo o meu tempo à minha profissão... mas que posso fazer, sou obstinada no trabalho. Comigo, ou se faz bem feito ou mais vale ficar quietinho. Não gosto de coisas a meio termo... coisas feitas para remediar ou só para se dizer que se fez!

Depois de muito "sangue, suor e algumas lágrimas" acabei o ano com o sentimento de dever cumprido! :)

Bom para uma tarde chuvosa

Você tem um espírito independente e proclama alto e bom som que o amor não é prioridade – o que não deixa de ser verdade, mas esconde também algum medo de ficar só.
É muito opinativa e mesmo sarcástica.

Pode ser...

É S. João!

Na noite de S. João
Vai pr'á rua e faz a festa,
Lembra-te que no Porto
Não há noite como esta.

Bom S. João!

:)

A Colecção do Sr. Berardo

No passado dia 2 peguei na canalha e rumamos a sul.

1ª Paragem - 9:30 - Mosteiro da Batalha

Depois de uma acesa luta contra Morfeu, durante a viagem de camioneta, precisava de um café... Eu e as outras 99 almas que às 6:45 estavam pontualíssimas no local combinado!

Não valeu de muito, mas sempre deu um pouco de energia.

Comecei a visita!

Mal, muito mal! Odiei. Não estava inspirada, não era capaz de cativar... O cansaço foi mais forte do que o meu orgulho, do que o meu gosto pelo Gótico, pelos Dominicanos, por D. João I, pela Ínclita Geração...

O que valeu é que como eu, os 35 que me acompanhavam padeciam do mesmo problema: ainda estavam offline! O que valeu é que a visita anterior à Sé e a Cedofeita tinham sido brilhantes.

Seguimos...

2ª Paragem - 13:30 - CCB - Museu Colecção Berardo

Agora sim... Ia começar a valer a pena.

Depois de almoçarmos por Belém e rematarmos o repasto com os tão ansiados Pasteis, rumamos ao CCB.

Estava ansiosa por esta visita, queria ver a cara dos miúdos do 12º quando estivessem frente a frente com as obras que tantas vezes dissecamos nas aulas. Levei o 12º e juntei ao grupo alguns do 11º e ficou um conjunto curioso. Eles diziam que tinha feito o grupo dos "preferidos" dos "especiais". Talvez...

A visita começou...

Tivemos uma sorte brutal com o guia! Excelente!
Era cativante, via-se que dominava completamente o terreno que pisava e foi capaz de agarrar-nos desde o primeiro momento! A escolha das obras que apresentou foi brilhante. Passou por nomes obrigatórios como Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Frank Stella, Picasso, Dali e Paula Rego, contextualizou, analisou e desconstruiu as obras. Escolheu obras polémicas e obras que à partida não despertariam o interesse do visitante e que provocou, neste publico tão difícil, reacções deliciosas.

Via na cara deles um entusiasmo infantil de cada vez que o guia abria mais uma porta para a percepção da obra que analisava. Trocavam olhares cúmplices comigo, como que a dizer: - A professora tinha razão! - remetendo para as aulas em que em conjunto analisávamos Conceptual Art, Minimal Art ou Arte Abstracta e travava com eles batalhas para que abrissem a mente e se descolassem do conceito fechado que tinham de ARTE.
Mas foram batalhas que deram muito prazer travar!

Com o fim da visita com o guia vagueamos mais um bocado pelo museu a descobrir a colecção do Sr. Berardo.

E depois, de alma cheia e a camioneta tipo sauna (depois de ter estado ao sol a tarde toda), regressamos à Santa Terrinha!

Aconselho vivamente a visitar o Museu Colecção Berardo, que até 25 de Junho 2008 é de borla!


Sei que nem toda a gente teve a sorte de ter um guia como o nosso, mas... paciência! Para o ano vai ser mais difícil cativar esses alunos, coitados, traumatizados por andar 1 hora e 20 minutos com uma senhora que se esqueceu que estava a falar com miúdos de 15 anos!

Tatuagem

O que leva alguém a marcar o seu corpo para sempre?

A gravar na pele uma determinada imagem?

A submeter o corpo a um sofrimento gratuito?

As respostas são imensas: porque está na moda! Porque fica giro! Porque a minha amiga tem! Porque é uma imagem que eu gosto! Porque é um símbolo com que me identifico! Porque assinala um acontecimento na minha vida! Porque os meus pais não querem que eu faça! Simplesmente porque sim!

Durante a adolescência passou-me milhentas vezes pela cabeça fazer uma tatuagem, mas o que é certo é que não fiz. Submeti o meu corpo a 9 perfurações nas orelhas (a minha mãe dizia que parecia um coador), fiz 2 piercings no umbigo, mas pelas tatuagens nunca senti aquela vontade incontrolável de fazer.

Os meus pais nunca foram castradores relativamente a estas modas. Acredito que não adorassem ver a filha com mais um brinco na orelha, mas compreendiam que era um fase e que no fundo não vinha mal nenhum ao mundo por isso. E agradeço-lhes terem encarado esta irreverência adolescente de uma forma natural, mas nunca negligente.

Fiz a minha tatuagem com 28 anos, porque a minha filha ma ofereceu no dia da mãe! E porque finalmente encontrei um motivo suficientemente forte para me submeter a 20 minutos de sofrimento gratuito (quer dizer... também não doí tanto assim... vá... doí só um bocadinho).

Que significado tem?
- Tenho marcado para sempre no meu corpo (e agora vai parecer lamechas, mas não interessa, é para ser lamechas mesmo) 2 símbolos que representam as duas pessoas que me fazem sorrir todos os dias!

Muchi